Só as notas dos exames vão poder concluir se foi possível recuperar o tempo perdido e se os alunos se apresentam em pé de igualdade às provas do final do ano lectivo. No dia em que terminam as aulas para os alunos do 9º, 11º e 12º anos, a Renascença foi avaliar os impactos.
Depois de um início de ano lectivo atribulado, com parte dos alunos do ensino público a iniciar as aulas de várias disciplinas apenas a meio do primeiro período, a confiança de que tudo tenha sido ultrapassado existe, pelo menos, até saírem os resultados dos exames nacionais.
O número de aulas foi dado, pelo que a aprendizagem deverá estar garantida, considera o vice presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.
“Em conjunto, professores, directores, pais e alunos, conseguimos minimizar ao máximo esses constrangimentos, ao ponto de conseguir dizer que o número de lições foi igual aos seus colegas que começaram as aulas a tempo e horas e que realizaram as mesmas aprendizagens”, afirma à Renascença.
No entanto, esclarece, “isto não foi o ideal e exigiu mais esforço por parte destes alunos. Por isso, admito que só depois de saírem as notas dos exames é que podemos avaliar” as reais consequências.
Opinião diferente tem a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), para quem deverá ser difícil aferir os reais efeitos do complicado início de ano lectivo nos alunos.
Para que o cenário não se volte a repetir, o presidente da Confap, Jorge Ascensão, pede ao ministro da Educação que o próximo ano lectivo esteja preparado até finais de Julho.
“Se houver um bom planeamento, é muito mais fácil evitarmos estas situações e não estarmos em Setembro, e até em Outubro, ainda a receber orientações”, defende.
Esta sexta-feira, é o último dia de aulas para os alunos do 9,11º e 12º anos. A partir de agora, estes alunos preparam-se para um novo calendário de exames nacionais que começam dia 15 e terminam no dia 25, para a primeira fase.